Nós, da Ação Negra, articulação nacional do movimento negro brasileiro, viemos a pública manifestar nossa […]

Nós, da Ação Negra, articulação nacional do movimento negro brasileiro, viemos a pública manifestar nossa solidariedade preta, proletária e internacionalista ao povo da Palestina que há mais de 70 anos sofre diariamente com a violência sionista do Estado de Israel. A ação de guerra contra a população civil na Faixa de Gaza e na Cisjordânia em revide ao ataque do Hamas apenas reforça o sentimento de que para o governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu as vidas palestinas não importam e são descartáveis.

O prazer genocida em matar crianças, idosos, mulheres e civis indefesos com a força militar israelense, que conta com um dos maiores arsenais nucleares do mundo, mostra que a extrema-direita de Netanhyahu e o sionismo reproduzem a violência colonialista que no passado e até hoje é praticada contra africanos e a população negra na Diáspora.

Israel, que historicamente, como o apoio dos Estados Unidos, apoiou o regime do Apartheid na África do Sul que manteve Mandela encarcerado por mais de 20 anos, coloniza território palestino com assentamentos ilegais, descumpre a resolução da ONU que reconhece a existência da Palestina e todos os tratados de paz assinados até hoje, além de impedir que palestinos circulem livremente, submetendo-os a violência policial, ao desemprego e a precariedade de condições de acesso à água, moradia, energia elétrica, educação e saúde.

Como nosso antepassados, palestinos tem suas casas invadidas, saqueadas e destruídas, tem que fugir e se descolocar constantemente, por forças colonialistas que querem desumanizá-los e taxa-los a todos, com o epíteto de “terroristas”, justificando a sua violência genocida em uma pretensa superioridade moral com o apoio criminoso dos Estados Unidos. Os mesmos Estados Unidos que hoje tem a maior população carcerária do mundo, em que a população afro-americana está sobrerepresentadas e que até hoje não conseguiu superar o racismo como ficou evidente na rebelião negra contra a ação de extermínio contra nosso irmão, George Floyd, em 2020.

Saudamos a iniciativa do Governo brasileiro de propor um cessar fogo humanitário que, mais um vez, de forma criminosa, ignorando os apelos dos demais países, foi rejeitado pelos Estados Unidos.

Queremos prestar nossa solidariedade às famílias das vítimas da política sionista do Estado de Israel, israelenses e palestinos, e nosso apoio a resistência palestina!

Também apoiamos os atos de solidariedade de judeus anti-sionistas, palestinos, organizações de esquerda e progressista e pelo reconhecimento da soberania e autodeterminação do Estado Palestino!

Em apoio a Resistência Palestina!

Contra a política genocida e colonialista de extrema direita do Estado de Israel!

Brasil, 20 de outubro de 2023.

@açãonegra_

Ação Negra

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Professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Doutor em Sociologia pela USP (2015), possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (2002) e mestrado em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (2009). Durante seu doutorado, foi Pesquisador Colaborador Visitante da Universidade de Princeton e Pesquisador do Museu Nacional José Martí / Universidade de Havana. Desenvolve pesquisas nas áreas de Teorias Críticas e Negritude e é membro do Grupo de Pesquisa CELACC/USP. É autor de Clóvis Moura: trajetória intelectual, práxis e resistência negra (Eduneb, 2015).

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